29 dezembro, 2009

Por inteiro


O mar irrequieto espelha as minhas incertezas e inquietações.
Sei que, só dentro de mim é que encontrarei as respostas.
Mas o ar salgado e o movimento incansável das ondas, ajuda-me
a olhar-me.
Na procura, entre a alegria e a tristeza.
Sei da ternura e do carinho dos abraços. Da doçura dos beijos.
Dos olhares cúmplices. Do bem e do mal.
Esgoto-me nas carências e ausências assim como nos desejos e paixões.
Dou-me completamente. À VIDA!

24 dezembro, 2009

Alegria



Esta época é propicia a muitos e variados estados de espírito.

Eu escolho viver estes dias com alegria porque apesar de todas as coisas menos boas, de todas as inquietações e duvidas.

Tenho perto de mim, quem amo!

Trago no coração os que não posso ter perto de mim, mas que também amo!

Na memória, estão sempre presentes, os que já não estão, mas que continuo a amar!

Só por isso e talvez apenas por isso é um Natal Feliz!

21 dezembro, 2009

Solstício de Inverno


Saberes antigos, dizem que hoje é dia de reencontrarmos as nossas esperanças. De nos libertarmos de coisas antigas e desgastadas.
É hora de descobrir a criança dentro de nós de renascermos com a sua pureza e alegria.

Esta é uma ideia que me agrada. Gosto de pensar e de acreditar que podemos sempre, renascer.
Os ciclos são permanentes. A natureza e o tempo, deixam-se observar. E mostram-nos em todos os momentos, que podemos acreditar e sorrir. Para isso teremos apenas que fazer a nossa parte!

07 dezembro, 2009

Aqui! Agora!


O cinzento do inverno traz-me o frio e o nevoeiro, pelos quais me deixo envolver, em silêncio, de frente para o mar, numa praia deserta.
Consigo ficar a sós com os meus pensamentos. Consigo abandonar vontades. Sem perspectivas e sem relatividades.
Reconhecer a fraqueza de sentir o profundo desejo que todas as palavras por traz do meu silêncio fossem adivinhadas, percebidas, entendidas…sem ter de as pronunciar.
A realidade, limitada e condicionada, pelas escolhas que se fazem e se aceitam. Parece-me muito dura, muito rígida. Tanto que por vezes, desistimos. E talvez por isso, lutamos.
Penso nos olhares que se cruzam com o meu. Na forma como nos afectamos, como nos percebemos, como desejamos, como fugimos… como nos perdemos.
Acordada, de olhos bem abertos, sonho com um sonho que não alcanço. Que se dissipa no denso nevoeiro da vida.
Atenta, aos sinais que percebo, sigo o único caminho possível. Que percorro, apaixonadamente. Intensamente… Em frente!

03 dezembro, 2009

Talvez


Hoje sinto-me perdida de mim.
Não me reconheço no que de mim se conhece. No que de mim se reflecte.
Não me escondo nas palavras. Apropriadas. Que de mim se esperam.
Nem nos actos previsíveis a que me obrigo.
Possivelmente refugio-me nos silêncios. Num sentir, concreto, absoluto e definitivo.
Talvez, precise de o partilhar... Talvez... precise de o explicar. Demonstrar.
Talvez...