Sendo que este é um local no qual gosto de ir materializando na forma escrita e visual, os sentimentos e a emoçoes dos dias. Mantenho todavia uma linha que não trasnponho e que diz respeito às grandes decisões, à vida pratica e à realidade. Que devem na minha opinião ser analisadas de forma objectiva, prática e sistemática.
Aqui, escrevo o que sinto, penso, desejo e sonho, emocionalmente. O que a tal realidade me provoca e não o contrário, porque nada do que aqui escrevo altera a realidade. Hoje sinto uma necessidade, irreprimivel de o fazer.
Não me consigo encontrar. Não me consigo sentir bem com o que faço. Detesto o excesso de awerness que tenho do que me rodeia.
É muito frustrante, ver serem valorizados os principios menores ao invés do essencial.
Não consigo ter o impacto estruturante que devia ter e que é minha obrigação ter, porque não sigo a rotina convencionada. Porque sou subtilmente compledida a anular-me enquanto profissional.
Faço apena o que me deixam fazer e não o que quero. O que me deixam fazer não satisfaz as expectativas da função. Não desisto, porque também não posso desistir.
Cobardemente teimo em não tomar a atitude que devo tomar; usar arbitrariamente o poder que tenho.
Paralelamente a tudo isto, vivo outra realidade, completamente oposta a esta!
Cada um de nós valoriza aspectos diferentes da personalidade e da vida.
Mantenho o silêncio. Sempre. Tristemente, manter o silêncio tornou-se uma rotina.
Por momentos, demasiados momentos, sinto que me anulo. Em muitos aspectos.
Apenas um exagerado sentido de lealdade e de missão é que me obriga a não virar a minha vida do avesso. Estou tão perdida... e tão distante de tudo e de todos...
No entanto eu também acredito que posso valorizar os bons aspectos que estão à minha volta. Não vou procurar na mudança a solução para tudo.
A solução está algures, dentro de mim. Provavelmente eu não reuno as condições emocionais necessárias para a reconhecer. Mas só pode ser esse o caminho!