30 junho, 2009

desleal


Regressa o medo que se esconde na sombra.

Escondo-me, desesperada atrás

de uma força que não tenho.

De uma inevitabilidade que não aceito.

Esta é uma luta desleal. Sempre será...

Nada posso contra as leis da vida.

Resta-me a resignação que não alcanço.

A fúria de não a alcançar.

A confusão em que me lanço porque,

afinal nada é simples.

Eu não sou simples!

Nada simplifico. Nada racionalizo.

As emoções complicam.

O amor aumenta infinitamente a dor.

Por nada se troca a dor e o amor.

E depois, nada!

As memórias que se perdem.

Os afectos que não voltam.

O que se viveu. Carrega-se na saudade.

Porque não consigo apenas sorrir?

Porquê?

Porque não consigo apenas aceitar?

Porquê?

Porquê?

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