Regressa o medo que se esconde na sombra.
Escondo-me, desesperada atrás
de uma força que não tenho.
De uma inevitabilidade que não aceito.
Esta é uma luta desleal. Sempre será...
Nada posso contra as leis da vida.
Resta-me a resignação que não alcanço.
A fúria de não a alcançar.
A confusão em que me lanço porque,
afinal nada é simples.
Eu não sou simples!
Nada simplifico. Nada racionalizo.
As emoções complicam.
O amor aumenta infinitamente a dor.
Por nada se troca a dor e o amor.
E depois, nada!
As memórias que se perdem.
Os afectos que não voltam.
O que se viveu. Carrega-se na saudade.
Porque não consigo apenas sorrir?
Porquê?
Porque não consigo apenas aceitar?
Porquê?
Porquê?
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