14 outubro, 2009

controlo


Não me permito lágrimas de raiva nem de felicidade!
A placidez e serenidade são obrigatórias e socialmente necessárias.
Os compromissos que estabeleci comigo assim como todas as responsabilidades que assumi, são irrevogaveis.
Sem amarguras e sem queixas.
Aceito o dever e com ele a obrigação de manter uma atitude inteligente e sensata.
Imponho-me o total controlo das emoções de forma racionalmente subtil. O não posso confunde-se com o não devo. Mistura-se com o não é correcto e com o inapropriado.
Este é o esforço da vida prática. O que perdura e a tudo se sobrepõe. Necessariamente!

13 outubro, 2009

compreensão


Num desesperado exercício de compreensão, olho de frente a minha imagem reflectida num espelho.
Vejo demasiadas sombras.
Uma fuga quase sempre eminente, que é totalmente anulada por uma luz intensa que me obriga a focar um único ponto.
Confronto-me com uma carência, intrusa, que me retira força e firmeza.
Alguns contornos surgem difusos e esbatidos em contraste com o brilho provocado pela forte emoção que controla todo o meu ser e querer.
Percebo, sonhos, ilusões, vontades e desejos, adiados. Assim como muitos medos escondidos e silenciados por um sorriso.

12 outubro, 2009

Parênteses


Preciso de fazer um parênteses no correr das horas!
Para não me perder de vista!
Sinto-me desmoronar.
Tenho medo da decepção. De nunca estar à altura.
Sabendo que nunca estarei, por um lado, e sempre estarei
por outro!
Sinto uma raiva crescente, do meu próprio rigor!
Não quero pensar nada. Por apenas um minuto.
Não posso continuar a magoar aqueles de quem gosto
apenas porque não tenho tempo.
Sinto-me desorientada. Os afectos não podem
esperar.
Preciso de um parênteses, para não desistir!

06 outubro, 2009

Viagem

Vivo a vida pela vida!
Como uma viagem que se inicia sem destino...
Transporto na minha história, outras histórias.
Todas estas camadas se vão sedimentando. Definindo-me.
Cada porto é uma surpresa. Cada partida uma conquista.
Sigo viagem...
Dentro de mim, livre!